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Breitling Monopusher Chronograph 1915 - A Inovação Pioneira de Gaston Breitling que Separou o Cronógrafo da Coroa


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O primeiro relógio de pulso cronógrafo monopulsador da Breitling foi lançado em 1915 com o acionador do cronógrafo integrado na coroa.

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RESUMO

O Breitling Monopusher Chronograph de 1915 não é apenas um relógio; é o 'marco zero' da cronometragem moderna de pulso. Lançado durante o fervor da Primeira Guerra Mundial, este modelo representa a genialidade de Gaston Breitling, que percebeu que os relógios de bolso convertidos eram inadequados para as cabines de comando dos primeiros aviões. Sua importância horológica reside na solução ergonômica revolucionária: a criação do primeiro botão de cronógrafo independente, posicionado às 2 horas. Antes desta inovação, o acionamento do cronógrafo era integrado à coroa de corda, o que dificultava o manuseio rápido. Este relógio foi projetado especificamente para aviadores e oficiais militares que necessitavam de cálculos precisos de tempo e distância sem tirar as mãos dos controles por muito tempo. Com um design que evoca a estética dos 'trench watches' (relógios de trincheira), ele estabeleceu o DNA da Breitling como a fornecedora oficial da aviação mundial. Para o colecionador, possuir ou estudar este modelo é compreender o momento exato em que o relógio de pulso deixou de ser uma joia frágil para se tornar uma ferramenta instrumental profissional.

HISTÓRIA

A história do Breitling Monopusher de 1915 é, fundamentalmente, a história da emancipação do cronógrafo de pulso. No início do século XX, os relógios de pulso eram vistos com ceticismo, considerados acessórios femininos ou adaptações desajeitadas de relógios de bolso. Quando Léon Breitling faleceu em 1914, seu filho Gaston assumiu a manufatura com uma visão voltada para o futuro da aviação e da guerra moderna. Ele notou uma falha crítica nos cronógrafos de bolso adaptados para o pulso: o botão de acionamento integrado à coroa (na posição de 3 horas ou 12 horas) era ergonomicamente falho para um piloto que precisava operar o relógio enquanto segurava o manche de um avião. Em 1915, Gaston lançou o que seria o divisor de águas da marca: um cronógrafo de pulso com um botão independente localizado na posição de 2 horas. A lógica era puramente funcional; o polegar ou o indicador da mão oposta poderiam acionar o mecanismo de forma natural e rápida, sem interferir na coroa de corda e minimizando o erro humano. Este modelo de 1915 apresentava a função monopulsador, onde o mesmo botão realizava a sequência: Iniciar, Parar e Zerar. Tecnicamente, o movimento era derivado de ébauches de alta qualidade da época (frequentemente Valjoux), mas a modificação da alavancagem para separar o pulsador foi uma engenharia exclusiva da Breitling. O design refletia a transição da Era Eduardiana para a brutalidade funcional da Primeira Guerra Mundial, com mostradores de esmalte de alta legibilidade e algarismos com material luminescente (Rádio). Este modelo pavimentou o caminho para a próxima grande inovação da Breitling em 1923 (a separação das funções de parar e zerar) e, finalmente, o formato moderno de dois botões em 1934. Portanto, o modelo de 1915 não é apenas um relógio antigo; é o ancestral direto de ícones como o Navitimer e o Chronomat. A sua importância é tamanha que, em 2015, a Breitling lançou o 'Transocean Chronograph 1915', uma reedição limitada para celebrar o centenário desta invenção, provando que o design de Gaston permanece atemporal.

CURIOSIDADES

Inovação Ergonômica: A posição do botão às 2 horas não foi estética, mas sim escolhida para alinhar com o ângulo natural do polegar ao agarrar o pulso para acionar o cronógrafo. O 'Erro' Comum: Muitos confundem este modelo com os cronógrafos 'convertidos' de bolso. A distinção do Breitling 1915 é que ele foi concebido desde o início como um instrumento de pulso com botão dedicado. Material Radioativo: Os originais de 1915 utilizavam Rádio (Radium-226) nos ponteiros e números, que hoje não brilha mais, mas ainda pode ser radioativo (detectável por contadores Geiger). Legado na Aviação: Foi este modelo que solidificou a reputação da Breitling entre os primeiros pilotos de combate da Primeira Guerra Mundial, muito antes de contratos oficiais com a RAF. Tributo Centenário: A versão de homenagem lançada em 2015 (Ref. AB1411) manteve o botão único às 2 horas, mas utilizou um movimento moderno de manufatura manual, o Calibre B14, para replicar a sensação tátil do original.

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