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Omega Speedmaster 125 - O Brutalista Jubileu de Aço e o Primeiro Cronógrafo Automático Certificado como Cronômetro da História


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Lançado no 125º aniversário da OMEGA, o Speedmaster 125 foi o primeiro cronógrafo automático de produção em série a ser certificado como cronômetro no mundo. Este modelo representou um marco técnico importante para a marca, combinando as funcionalidades de cronógrafo automático com a precisão certificada de um cronômetro.

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RESUMO

Lançado em 1973 para comemorar o 125º aniversário da fundação da Omega em 1848, o Speedmaster 125 é muito mais do que uma peça comemorativa; é um monumento brutalista à engenharia mecânica suíça. Em um período onde a indústria relojoeira flertava perigosamente com a crise do quartzo, a Omega optou por demonstrar sua supremacia técnica criando um instrumento de pulso maciço, intransigente e tecnicamente superior. Posicionado no mercado como um relógio ferramenta de luxo para uma clientela que exigia precisão absoluta e durabilidade industrial, o 'Speedy 125' rompeu com as silhuetas curvas e tradicionais do famoso 'Moonwatch'. Sua filosofia de design é puramente anos 70: uma arquitetura de bloco sólido, pesado e integrado, refletindo uma era de experimentação audaciosa. A significância horológica desta peça é monumental, não apenas pelo seu design vanguardista, mas por abrigar o que foi, à época, uma conquista técnica sem precedentes: o primeiro movimento de cronógrafo automático do mundo a receber a certificação oficial de cronômetro (COSC). Ele permanece hoje como um ícone cult, apreciado por colecionadores que buscam a intersecção perfeita entre a raridade, a inovação técnica e a estética retro-futurista.

HISTÓRIA

A história do Omega Speedmaster 125 é intrinsecamente ligada à busca da Omega pela perfeição mecânica em um momento de transição tecnológica crítica. Em 1973, a marca atingiu a venerável idade de 125 anos. Para marcar este sesquicentenário, a direção da Omega decidiu que um simples relógio de ouro ou uma reedição estética não seria suficiente. O resultado foi o Speedmaster 125 (Ref. ST 378.0801), uma edição limitada projetada para ser o ápice da linha Speedmaster em termos de precisão e presença. O coração deste modelo é o lendário Calibre 1041. Derivado do calibre 1040 (que equipava o Mark IV e foi baseado no Lemania 1341), o 1041 foi refinado extensivamente pelos engenheiros da Omega. A principal diferença residia na platina principal, no rotor e no sistema de regulação, permitindo que o movimento fosse ajustado em cinco posições e temperaturas variadas. Isso garantiu ao Speedmaster 125 o título de primeiro cronógrafo automático produzido em série a obter o certificado de cronômetro do COSC (Contrôle Officiel Suisse des Chronomètres), um feito que levou anos para ser igualado por concorrentes como a Rolex ou Breitling. Visualmente, o relógio é um produto de seu tempo, mas executado com uma qualidade de construção que supera a maioria dos seus contemporâneos. A caixa segue a linha de design 'Pilot' ou 'Mark' da Omega, mas utiliza uma construção única de caixa dentro de caixa (container interno selado pressionado dentro da carcaça externa). O design é caracterizado por linhas retas, ângulos agudos e uma integração perfeita entre a cabeça do relógio e o bracelete de elos largos e pesados, criando uma silhueta contínua no pulso. O mostrador mantém a legibilidade clássica do Speedmaster, mas introduz o indicador de 24 horas no submostrador das 9 horas, compartilhando espaço com os pequenos segundos constantes. A produção foi estritamente limitada a 2.000 unidades do movimento Calibre 1041, o que teoricamente limita o número de relógios produzidos, embora existam debates entre historiadores sobre a montagem de peças de serviço nos anos subsequentes. Diferentemente do Moonwatch, que permaneceu praticamente inalterado, o 125 foi um cometa: brilhou intensamente com inovação técnica e design radical por um curto período e nunca foi reeditado, consolidando seu status como uma cápsula do tempo da audácia da Omega nos anos 70. O impacto do modelo reside na prova de que um cronógrafo automático esportivo poderia oferecer a mesma precisão cronométrica de um relógio de vestido delicado, pavimentando o caminho para os padrões modernos de cronometragem esportiva de luxo.

CURIOSIDADES

O Calibre 1041 encontrado neste relógio foi produzido exclusivamente para o modelo Speedmaster 125 e nunca foi utilizado em nenhum outro relógio da Omega, tornando-o mecanicamente único na história da marca. O cosmonauta soviético Vladimir Dzhanibekov utilizou um Speedmaster 125 durante a missão Soyuz 27 e a bordo da estação espacial Salyut 6 em 1978, provando que a robustez do relógio era adequada para o voo espacial, mesmo sem a homologação oficial da NASA do seu irmão 'Moonwatch'. Devido à sua construção maciça e bracelete integrado denso, o relógio pesa aproximadamente 180 a 200 gramas, sendo um dos relógios vintage mais pesados produzidos pela Omega. Apesar de ser uma edição comemorativa limitada a 2.000 peças, a Omega nunca numerou individualmente os fundos de caixa (ex: 1/2000), o que torna a identificação de produção baseada puramente nos números de série do movimento. O bracelete original do Speedmaster 125 (Ref. 1221/212) é notório por ser difícil de ajustar e restaurar devido ao seu design de elos complexo e proprietário, sendo um ponto crítico de avaliação para colecionadores. Em leilões recentes, modelos com a caixa 'unpolished' (não polida) com o acabamento sunburst original intacto comandam preços significativamente mais altos, dado que a restauração correta das arestas vivas desta caixa é extremamente difícil. O apelido 'Speedy 125' é universalmente reconhecido, e o logotipo '125' aplicado no mostrador é um dos poucos casos em que a Omega colocou o nome de uma edição especial de forma tão proeminente na face do relógio.

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