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Patek Philippe Perpetual Calendar Chronograph Ref. 1518: O 'Santo Graal' que Deu Origem à Dinastia de Grandes Complicações e Definiu a Alta Relojoaria Moderna


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O primeiro relógio de pulso com cronógrafo de calendário perpétuo produzido em série por qualquer empresa relojoeira. O Ref. 1518 estabeleceu o padrão para as futuras complicações da Patek Philippe, com seu layout de mostrador funcional e elegante, influenciando décadas de alta relojoaria.

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RESUMO

Lançado em 1941, no auge da Segunda Guerra Mundial, o Patek Philippe Referência 1518 não é apenas um relógio; é o marco zero da alta relojoaria contemporânea. Este modelo detém a distinção histórica de ser o primeiro cronógrafo de calendário perpétuo produzido em série no mundo, uma façanha técnica que solidificou a reputação da Patek Philippe como a mestre incontestável das complicações. Com uma produção extremamente limitada de apenas 281 exemplares ao longo de 13 anos, o 1518 transcende a função de instrumento de cronometragem para se tornar um artefato de importância cultural e histórica inestimável. Sua filosofia de design estabeleceu o arquétipo para o layout do mostrador que a indústria seguiria por décadas: janelas de dia e mês às 12 horas e fases da lua às 6 horas. Apesar de sua complexidade mecânica, o 1518 é um triunfo de proporção e elegância, alojado em uma caixa modesta de 35mm que esconde sua sofisticação interna. Destinado originalmente à elite global — industriais, realeza e chefes de estado — o 1518 permanece hoje como o ápice do colecionismo, representando a fusão perfeita entre a engenharia suíça de precisão e a estética 'Art Déco' tardia. Para o conhecedor, possuir um 1518 não é apenas deter um relógio raro, mas ser o guardião do momento em que a Patek Philippe definiu seu futuro e, por extensão, o futuro da relojoaria de luxo.

HISTÓRIA

A história do Patek Philippe Ref. 1518 começa em um dos períodos mais sombrios da história moderna, 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. A decisão da família Stern de lançar um relógio de tamanha complexidade e custo durante um conflito global foi uma aposta audaciosa na longevidade da marca e na perenidade da alta relojoaria. Antes do 1518, cronógrafos com calendário perpétuo existiam apenas como peças únicas ou encomendas especiais, muitas vezes em formato de relógio de bolso. O 1518 mudou o paradigma ao industrializar, ainda que em escala artesanal, a produção desta 'Grande Complicação' para o pulso. O coração do 1518 é o lendário calibre 13-130 Q, derivado de um *ébauche* da Valjoux, mas acabado com tal nível de perfeição pela Patek Philippe que se tornou irreconhecível em relação à sua base. A arquitetura do movimento permitiu um mostrador de legibilidade impecável, estabelecendo o 'rosto' da Patek Philippe: duas janelas retangulares para dia e mês abaixo das 12 horas, submostradores às 3 e 9 horas, e um indicador de fases da lua com data às 6 horas. Este layout influenciou diretamente seus sucessores ilustres: o Ref. 2499, o 3970, o 5970 e o moderno 5270. Ao longo de sua produção de 1941 a 1954, o modelo passou por evoluções sutis que hoje definem o valor astronômico no mercado de colecionadores. A 'Primeira Série' (Mk1) é caracterizada pelos numerais arábicos aplicados em todo o mostrador. Versões posteriores introduziram índices em bastão e numerais apenas nas posições 12 e 6, ou apenas bastões. Além disso, a escala taquimétrica, essencial para a funcionalidade esportiva do cronógrafo, variava entre escalas de 'milhas' e 'base 1000'. O 1518 não foi apenas um sucesso técnico; ele salvou e elevou a imagem da Patek Philippe. Ele provou que a complexidade mecânica poderia ser miniaturizada sem sacrificar a estética. Com apenas 281 peças fabricadas — a vasta maioria em ouro amarelo, cerca de 20% em ouro rosa e uma minoria infinitesimal em aço — o fim da produção do 1518 em 1954 marcou o encerramento da era de ouro inicial e abriu caminho para o Ref. 2499. Hoje, o 1518 é reverenciado não apenas como um relógio, mas como o documento fundador da dinastia de cronógrafos de calendário perpétuo da Patek Philippe.

CURIOSIDADES

O Santo Graal de Aço: Existem apenas 4 exemplares conhecidos do Ref. 1518 em aço inoxidável. Quando um aparece em leilão, quebra recordes mundiais. Realeza: O Rei Miguel I da Romênia foi um dos proprietários mais notáveis de um 1518, ostentando-o em fotografias oficiais, o que cimentou o status do relógio como uma peça de reis. O Recorde de Phillips: Em novembro de 2016, um 1518 em aço inoxidável foi vendido pela Phillips em Genebra por mais de 11 milhões de francos suíços, tornando-se, na época, o relógio de pulso mais caro já vendido em leilão. Produção Total: De 1941 a 1954, apenas 281 unidades foram produzidas. A média era de apenas cerca de 21 relógios por ano, ressaltando a natureza artesanal da manufatura. Preço Original: Em seu lançamento em 1941, o relógio custava 2.800 francos suíços, uma fortuna para a época, equivalente ao valor de um automóvel de luxo. Detalhes do Mostrador: Alguns mostradores raros apresentam a assinatura longa 'Patek, Philippe & Co.' em vez da abreviada 'Patek Philippe' usada pós-1948, um detalhe crucial para datação. O 'Dois Tons': Existe rumores e registros extremamente escassos de versões 'bicolor' (aço e ouro), que são consideradas quase míticas dentro da comunidade de colecionadores.

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