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Rolex Oysterflex: A Fusão de Titânio e Elastómero que Redefiniu o Yacht-Master e a Categoria 'Sport-Chic' de Luxo (Ref. 116655)


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A pulseira Oysterflex foi apresentada em 2015 com o Yacht-Master (referência 116655). Desenvolvida e patenteada pela Rolex, combina uma lâmina metálica flexível de titânio-níquel com um revestimento de elastómero.

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RESUMO

Quando a Rolex revelou a pulseira Oysterflex na Baselworld de 2015, montada no Yacht-Master em ouro Everose 18k, a indústria horológia testemunhou uma mudança de paradigma. Longe de ser uma simples correia de borracha, a Oysterflex foi posicionada pela manufatura genebrina como uma verdadeira 'bracelete' técnica. Este componente representa a resposta definitiva da Rolex à procura crescente por relógios desportivos de luxo que pudessem ser utilizados em ambientes náuticos e casuais sem sacrificar a robustez ou o prestígio dos metais preciosos. Projetada para um público sofisticado que valoriza tanto a engenharia de materiais quanto a estética náutica, a Oysterflex preencheu a lacuna entre a fragilidade das correias de couro e o peso das braceletes metálicas maciças. A sua filosofia de design baseia-se num paradoxo de engenharia: a flexibilidade tátil de um polímero macio combinada com a integridade estrutural inabalável de uma lâmina metálica interna. Ao fazê-lo, a Rolex não apenas modernizou a linha Yacht-Master, mas legitimou o uso de compósitos de alta tecnologia na alta relojoaria, influenciando diretamente a trajetória de modelos icónicos subsequentes, como o Daytona e o Sky-Dweller.

HISTÓRIA

A introdução da bracelete Oysterflex em 2015 não foi apenas o lançamento de um novo acessório; foi um momento crucial na história moderna da Rolex, marcando a aceitação da marca de que o luxo contemporâneo exigia versatilidade técnica superior. Historicamente, a Rolex era conservadora quanto aos materiais das suas pulseiras, limitando-se quase exclusivamente ao aço, ouro, platina e, ocasionalmente, couro. O mercado, contudo, estava a mudar. Concorrentes como a Audemars Piguet e a Hublot já haviam popularizado a borracha em relógios de seis dígitos. A resposta da Rolex, fiel à sua filosofia de super-engenharia, foi recusar a borracha vulcanizada padrão. Em vez disso, desenvolveram e patentearam a Oysterflex. O contexto do lançamento em 2015 foi centrado no Yacht-Master referência 116655. Este modelo serviu como o veículo perfeito para a estreia: um relógio náutico de luxo que precisava de resistir à água salgada e ao sol intenso, algo que degradaria o couro e onde o ouro maciço poderia ser excessivamente ostensivo ou sujeito a riscos. A inovação central da Oysterflex reside no seu núcleo. No interior do elastómero preto hipoalergénico encontra-se uma lâmina superelástica de uma liga de titânio e níquel. Esta lâmina de memória de forma permite que a bracelete mantenha a curvatura ideal do pulso e oferece uma resistência à tração comparável à de uma bracelete de aço, impossibilitando que o relógio seja arrancado ou que a pulseira se rasgue sob tensão extrema. A evolução do design também trouxe uma solução engenhosa para o conforto: o sistema patenteado de 'almofadas' longitudinais na face interna da pulseira. Estas saliências estabilizam o relógio no pulso, impedindo que a pesada caixa de ouro gire, e permitem a circulação de ar, resolvendo o problema comum da transpiração em dias quentes. Ao contrário das correias de borracha comuns que devem ser cortadas para ajustar, a Oysterflex foi concebida num sistema modular de tamanhos (codificados por letras como E, F, G), exigindo um ajuste preciso na boutique. Após o sucesso no Yacht-Master, a Oysterflex provou ser tão revolucionária que, em 2017, a Rolex tomou a decisão ousada de substituir as correias de couro nos modelos Daytona de ouro, transformando instantaneamente o cronógrafo clássico num relógio desportivo mais agressivo e moderno. Mais tarde, em 2020, a tecnologia foi estendida à linha Sky-Dweller, solidificando a Oysterflex como o 'terceiro pilar' das opções de fixação da Rolex, ao lado das braceletes Oyster/Jubilee/President e das raras correias de couro. A Oysterflex, portanto, não é apenas uma pulseira; é o símbolo da capacidade da Rolex de inovar tecnicamente sem desvirtuar o seu legado de elegância intemporal.

CURIOSIDADES

A Rolex recusa terminantemente o termo 'correia de borracha' (rubber strap) em toda a sua comunicação oficial, insistindo na nomenclatura 'bracelete' devido à sua estrutura metálica interna. A lâmina interna é feita de uma liga de Titânio-Níquel, um material conhecido pela sua superelasticidade e memória de forma, frequentemente utilizado em aplicações médicas e aeroespaciais. O Yacht-Master 116655 de 2015 foi o primeiro relógio da Rolex a apresentar um mostrador preto mate em combinação com uma luneta Cerachrom preta mate, criando uma estética 'stealth' que contrastava com o brilho do ouro Everose. Ao contrário das pulseiras de borracha de outras marcas de luxo (como a Patek Philippe Aquanaut), a Oysterflex não pode ser cortada para ajuste; ela é vendida em duas metades separadas com códigos de tamanho específicos que devem ser combinados para o pulso do cliente. As 'aletas' ou almofadas na parte inferior da pulseira têm uma função dupla patenteada: estabilização da cabeça do relógio (contrabalançando o peso do ouro) e ventilação da pele. A introdução da Oysterflex no Daytona em 2017 resultou na descontinuação imediata das versões com correia de couro, tornando os Daytonas de couro 'NOS' (New Old Stock) itens de coleção instantâneos. O sistema de fecho na Oysterflex incorpora frequentemente o sistema Glidelock (nos modelos de mergulho/Yacht-Master) ou o Easylink (em outras iterações), permitindo microajustes sem ferramentas para compensar o inchaço do pulso no calor.

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