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Breitling B55 Connected (Exospace) - O Cronógrafo de Vanguarda que Redefiniu a Instrumentação de Pulso na Era do Smartwatch


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Breitling apresentou o B55 Connected, seu primeiro relógio conectado (smartwatch). Este modelo se conecta a um smartphone via Bluetooth, oferecendo funcionalidades avançadas e personalizadas para pilotos e entusiastas da aviação, combinando tradição e tecnologia moderna.

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RESUMO

Lançado em 2015, um momento crucial onde a indústria relojoeira suíça enfrentava a ameaça existencial da revolução dos 'smartwatches', o Breitling B55 Connected emergiu não como uma capitulação à tecnologia de consumo, mas como uma reafirmação desafiadora do ethos da Breitling: 'Instrumentos para Profissionais'. Posicionado no ápice da linha 'Professional', este relógio foi concebido para um público muito específico: pilotos, aeronautas e entusiastas de tecnologia que exigem precisão absoluta e funcionalidade tátil, sem sacrificar a robustez de um relógio de ferramenta suíço. Diferente dos dispositivos vestíveis descartáveis, o B55 inverteu a lógica predominante; em vez de o relógio ser uma extensão passiva do telefone para notificações, o smartphone foi transformado em um servo do relógio, utilizado para facilitar ajustes complexos e armazenar dados de telemetria de voo. Com uma caixa de titânio leve e resistente e um movimento SuperQuartz manufaturado, o B55 Connected representa a fusão definitiva entre a horologia analógica tradicional e a conectividade moderna, estabelecendo um novo paradigma para o 'cronógrafo conectado'. Ele não busca competir com o Apple Watch em versatilidade de aplicativos, mas sim dominá-lo em utilidade específica para a aviação, oferecendo um instrumento de backup vital para o cockpit moderno.

HISTÓRIA

A história do Breitling B55 Connected é intrinsecamente ligada à resposta da Alta Relojoaria à segunda 'Crise do Quartzo' ou, mais precisamente, à revolução dos wearables em meados da década de 2010. Em 2015, enquanto gigantes da tecnologia do Vale do Silício lançavam dispositivos focados em notificações e rastreamento de saúde, a Breitling, sob a liderança visionária da família Schneider (antes da aquisição pela CVC), olhou para o seu próprio legado de inovação eletrônica que começou com o Navitimer Quartz e, mais notavelmente, com o lançamento do Aerospace em 1985. O B55 Connected não nasceu no vácuo; ele é o sucessor espiritual e técnico direto do B50 Cockpit, lançado um ano antes. O B50 introduziu o conceito de um movimento de manufatura SuperQuartz recarregável com funcionalidades extremas, mas o B55 levou isso um passo adiante ao integrar um módulo Bluetooth Low Energy. A filosofia de design foi revolucionária para a época: 'O relógio permanece o mestre'. A Breitling percebeu que operar funções complexas — como definir o fuso horário UTC, ajustar alarmes múltiplos ou registrar tempos de 'block-off' e 'block-on' para diários de bordo — era tedioso através de coroas e botões tradicionais. O aplicativo do smartphone, portanto, servia como uma interface de controle remoto expandida para o relógio, permitindo que o piloto configurasse o instrumento com facilidade antes do voo e baixasse os dados precisos após o pouso. Esteticamente, o modelo manteve a identidade robusta e técnica da linha Professional, com uma caixa de titânio de 46mm que, apesar do tamanho, oferece conforto excepcional devido à leveza do material. O mostrador exibe o layout clássico 'Ana-Digi' (Analógico-Digital), uma assinatura da Breitling desde os anos 80. Diferente de smartwatches com telas sensíveis ao toque frágeis, o B55 manteve o controle tátil via coroa e botões, permitindo operação com luvas de voo. O impacto do B55 na indústria foi significativo; ele provou que havia um mercado para a 'tecnologia de luxo conectada' que não se tornaria obsoleta em dois anos. Ele validou a relevância contínua do movimento de quartzo de alta precisão (termocompensado, variando apenas segundos por ano, independentemente da temperatura) em um mercado saturado de movimentos mecânicos ou totalmente digitais. Posteriormente renomeado e comercializado amplamente como 'Exospace B55', o modelo abriu caminho para variações futuras, incluindo a edição 'Yachting', demonstrando a versatilidade da plataforma B55 para diferentes arenas profissionais. Ele permanece um marco histórico como o primeiro cronógrafo conectado de uma grande maison suíça, focado inteiramente na performance profissional.

CURIOSIDADES

O lema oficial de desenvolvimento do B55 foi 'O telefone serve ao relógio', invertendo a lógica dos smartwatches convencionais. O sistema de retroiluminação dos displays LCD é ativado automaticamente com uma inclinação do pulso superior a 35 graus, uma funcionalidade herdada da aviação militar para facilitar a leitura sem soltar o manche. O movimento SuperQuartz™ dentro do B55 é dez vezes mais preciso que um movimento de quartzo padrão, devido ao sistema de termocompensação que ajusta a frequência de oscilação baseada na temperatura ambiente. A bateria recarregável do B55 foi projetada para durar até dois meses com uma única carga, dependendo do uso da conexão Bluetooth e da luz de fundo. Ao contrário de muitos 'relógios conectados' que perdem valor rapidamente, o B55 mantém um nicho de colecionismo por ser um instrumento certificado pelo COSC (Contrôle Officiel Suisse des Chronomètres), algo extremamente raro para relógios com conectividade digital. O relógio possui um modo de 'estacionamento' dos ponteiros, onde os ponteiros analógicos se movem para posições neutras para não obstruir a leitura dos displays digitais. Os dados de voo registrados pelo relógio (Chrono Flight) podem ser exportados diretamente para planilhas ou sistemas de logbook de pilotos, tornando-o uma ferramenta administrativa real para aviadores.

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