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Rolex Everose Gold - A Alquimia da Eternidade: A Criação da Liga de Ouro Rosa Imortal e sua Revolução Metalúrgica em 2005


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A Rolex criou e patenteou uma liga exclusiva de ouro rosa 18 quilates, conhecida como Everose gold. Fundida na própria manufatura da Rolex, esta liga mantém a beleza e a cor do ouro rosa ao longo do tempo, sendo utilizada em todos os modelos Oyster de ouro rosa.

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RESUMO

O ano de 2005 marcou um ponto de inflexão na história da Rolex, não pelo lançamento de um novo calibre ou design de caixa, mas pela conquista da própria metalurgia. A introdução do 'Everose Gold' representou a resposta definitiva da manufatura suíça a um problema secular da alta relojoaria: a instabilidade do ouro rosa. Historicamente, as ligas de ouro rosa, ricas em cobre, tendiam a oxidar e perder seu vibrante tom avermelhado quando expostas a cloro, água salgada e luz UV, desbotando para um amarelo pálido. Insatisfeita com a dependência de fornecedores externos e com a durabilidade das ligas padrão, a Rolex utilizou sua própria fundição em Plan-les-Ouates para criar uma fórmula proprietária. Ao adicionar platina à mistura de ouro 18k e cobre, a marca estabilizou a cor, garantindo um brilho 'eterno'. O Everose não é apenas um material; é o ápice da filosofia de integração vertical da Rolex. Ele posiciona os modelos Oyster — desde o esportivo Cosmograph Daytona até o majestoso Day-Date — em um patamar de luxo inabalável, destinado a colecionadores que exigem que a estética de seus relógios seja tão resiliente quanto a mecânica interna. O Everose redefiniu o mercado de metais preciosos, forçando a indústria a reconsiderar a química por trás do luxo.

HISTÓRIA

A história do Everose Gold é a história da obsessão da Rolex pela perfeição, transcendendo a mecânica para dominar a química elementar. Até o início dos anos 2000, o ouro rosa era visto com cautela no mercado de relógios esportivos e de luxo. Embora esteticamente agradável, a liga era quimicamente volátil. O tom rosado é derivado do cobre misturado ao ouro puro (24k). No entanto, o cobre é altamente reativo; um mergulho em uma piscina clorada ou a exposição constante ao sol tropical poderia acelerar a oxidação, transformando um relógio de ouro rosa em algo indistinguível do ouro amarelo envelhecido em questão de anos. Em 2005, a Rolex decidiu erradicar essa obsolescência estética. Utilizando sua fundição interna de última geração — algo extremamente raro na indústria relojoeira, onde a maioria das marcas compra metais de fornecedores terceirizados — os engenheiros e metalurgistas da Rolex desenvolveram uma liga patenteada. A fórmula exata permanece um segredo industrial guardado a sete chaves, mas análises espectrais revelam a genialidade: uma composição de 76% de ouro, aproximadamente 22% de cobre e, o ingrediente secreto, cerca de 2% de platina (juntamente com traços controlados de outros elementos). A platina atua como um agente estabilizador, bloqueando a oxidação do cobre e 'trancando' a pigmentação avermelhada, garantindo que o relógio mantenha sua cor 'para sempre' (daí o nome Everose). O lançamento desta liga coincidiu com uma revitalização dos modelos clássicos e esportivos. O Cosmograph Daytona foi um dos primeiros a receber o tratamento completo em Everose, transformando-o de um cronógrafo esportivo em uma joia de peso substancial e presença inegável. Ao longo das décadas seguintes, o Everose expandiu-se para o Day-Date, o Yacht-Master (inclusive estreando a pulseira Oysterflex) e o GMT-Master II, criando ícones modernos como o modelo 'Root Beer' atualizado. O impacto na indústria foi sísmico; após 2005, outras grandes maisons foram forçadas a desenvolver suas próprias ligas proprietárias (como o Sedna Gold da Omega e o King Gold da Hublot) para competir com a durabilidade estabelecida pela Rolex. O Everose cimentou a reputação da Rolex não apenas como relojoeiros, mas como cientistas de materiais.

CURIOSIDADES

A Rolex é a única manufatura relojoeira que possui sua própria fundição interna completa, permitindo controle absoluto sobre a criação do Everose, desde a fundição dos lingotes até a moldagem da caixa. O nome 'Everose' é um portmanteau das palavras 'Forever' (Para sempre) e 'Rose' (Rosa), simbolizando a promessa da marca de que a cor nunca desbotará. A liga contém aproximadamente 2% de Platina, um metal mais valioso que o próprio ouro, utilizado exclusivamente para estabilizar quimicamente o cobre contra a corrosão causada pela água clorada. O Everose é a base para alguns dos relógios mais exclusivos da Rolex, incluindo o lendário 'Rainbow Daytona', onde a caixa de ouro rosa serve de tela para safiras multicoloridas. Além dos relógios sólidos, a Rolex utiliza o Everose nas combinações 'Rolesor' (aço e ouro), criando uma estética de dois tons moderna que substituiu o ouro rosa padrão em todo o catálogo após 2005.

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