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Patek Philippe Ref. 2499: O Santo Graal dos Colecionadores e a Apoteose do Cronógrafo com Calendário Perpétuo (1951-1985)


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Um sucessor icônico do Ref. 1518, produzido de 1951 a 1985 em quatro séries distintas, solidificando o domínio da Patek Philippe na complicação do cronógrafo com calendário perpétuo com sua caixa maior e mais contemporânea.

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RESUMO

Frequentemente citado como o relógio de pulso mais desejado e equilibrado já produzido, o Patek Philippe Ref. 2499 não é apenas um instrumento de cronometragem; é a referência absoluta contra a qual todas as outras 'Grandes Complicações' são medidas. Lançado em 1951 como o sucessor direto do pioneiro Ref. 1518, o 2499 representou uma evolução ousada e magistral. Enquanto o seu antecessor estabeleceu a viabilidade técnica do cronógrafo com calendário perpétuo produzido em série, o 2499 refinou a estética para uma era moderna. Com uma produção extremamente limitada de apenas 349 exemplares ao longo de 35 anos — uma média de menos de 10 peças por ano — este modelo ocupa o ápice da pirâmide de colecionismo. Seu posicionamento de mercado é transcendente; não é apenas um relógio de luxo, mas um ativo de investimento de classe mundial, disputado ferozmente em leilões por valores que frequentemente ultrapassam os sete dígitos. O design do 2499 é celebrado pela sua arquitetura robusta, porém elegante. A introdução de uma caixa de 37,5 mm (significativamente maior que os 35 mm do 1518) e as asas esculpidas ('stepped lugs') conferiram-lhe uma presença de pulso contemporânea e uma durabilidade visual que resistiu a quatro décadas de mudanças de moda. Ele foi desenhado para a elite global — industriais, realeza e conhecedores — servindo como a ponte definitiva entre a relojoaria vintage clássica e a era moderna da Patek Philippe.

HISTÓRIA

A história do Patek Philippe Ref. 2499 é, em muitos aspectos, a história da própria alta relojoaria no século XX. Quando foi introduzido em 1951, o mundo estava em transição. A Patek Philippe havia chocado o mercado em 1941 com o Ref. 1518, o primeiro cronógrafo com calendário perpétuo produzido em série no mundo. No entanto, à medida que a década de 1950 amanhecia, a estética Art Déco contida do 1518 começava a parecer delicada demais para os gostos em evolução. O Ref. 2499 foi a resposta: uma fusão de complexidade técnica com uma arquitetura de caixa mais assertiva e esportiva. O modelo reinou soberano por 35 anos, de 1951 a 1985, e sua evolução é categorizada pelos colecionadores em quatro séries distintas, cada uma contando um capítulo da evolução do design de meados do século. A **Primeira Série (1951–1954)** é talvez a mais cobiçada pelos puristas. Caracteriza-se por botões de cronógrafo retangulares, algarismos arábicos aplicados e uma escala taquimétrica. A caixa nesta fase inicial foi frequentemente fabricada por Emile Vichet, distinguível por suas asas alongadas e curvadas para baixo, proporcionando um perfil gracioso. É a mais rara das séries em termos de volume de produção. A transição para a **Segunda Série (1955–1960)** trouxe uma mudança funcional significativa: a introdução de botões de cronógrafo redondos (tipo bomba), que melhoraram a resistência à água e o manuseio. Os algarismos arábicos e a escala taquimétrica permaneceram, mas a caixa passou a ser produzida predominantemente pela oficina de Wenger, apresentando um diâmetro ligeiramente maior e asas mais retas e definidas. A **Terceira Série (1960–1978)** marca a modernização visual do mostrador e é a variante mais encontrada (embora ainda rara). A Patek Philippe removeu a escala taquimétrica para um visual mais limpo e minimalista, e substituiu os algarismos arábicos por índices de bastão aplicados. Esta limpeza dialética antecipou o minimalismo que dominaria o design nas décadas seguintes. Finalmente, a **Quarta Série (1978–1985)** agiu como o canto do cisne do modelo, introduzindo o cristal de safira moderno, mantendo a estética da terceira série. Quando a produção cessou em 1985 para dar lugar ao Ref. 3970 (que usava um movimento base Lemania), encerrou-se uma era dourada. O 2499 não foi apenas um relógio; foi o guardião do calibre Valjoux 13-130 Q modificado pela Patek, um movimento que representava o auge do acabamento manual. Seu legado é imensurável; ele definiu o layout do mostrador que a Patek Philippe usa até hoje em suas grandes complicações e estabeleceu o padrão de que um relógio ultra-complexo também poderia ser robusto e esteticamente imponente.

CURIOSIDADES

Apenas 349 unidades foram produzidas em toda a história do modelo (aprox. 10 por ano), tornando-o mais raro que quase qualquer relógio esportivo de luxo moderno. Existem apenas dois exemplares conhecidos do Ref. 2499 em Platina. Um deles permaneceu no Museu da Patek Philippe, e o outro pertenceu ao lendário músico Eric Clapton, sendo leiloado em 2012 por mais de 3,6 milhões de dólares. O músico John Lennon supostamente adquiriu um 2499 pouco antes de sua morte, um relógio que se tornou objeto de mistério e batalhas legais, sendo considerado um dos 'relógios desaparecidos' mais valiosos do mundo. A caixa da Primeira Série feita por Vichet é ligeiramente menor (36,2mm) e tem um formato de asa diferente da caixa Wenger (37,5mm) usada nas séries posteriores, um detalhe crucial para avaliadores. O Ref. 2499 é frequentemente chamado de 'The Asprey' em casos raríssimos onde o mostrador exibe a assinatura dupla da famosa joalheria londrina, elevando seu valor exponencialmente. Ao contrário de muitos relógios vintage que perdem valor quando restaurados, um 2499 é tão valioso que a Patek Philippe mantém as ferramentas originais para fabricar peças de reposição se necessário, garantindo sua imortalidade mecânica.

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