Logo Time66
Foto do Perfil

Confira as vantagens do Assinante!

Ver Assinatura

Omega Constellation Perpetual Calendar (Calibre 1680) - A Quintessência da Precisão Termocompensada e o Legado do Design 'Manhattan'


Compartilhar postagem:

Lançado na década de 1990, com 1998 como um ano chave de produção, este foi um dos primeiros relógios de pulso de quartzo da Omega a integrar um calendário perpétuo. Utilizava o calibre 1680, um movimento de quartzo termocompensado com capacidade de exibir mês e ano.

Avaliar
Últimos comentários


RESUMO

No panteão da relojoaria moderna, onde a mecânica frequentemente ofusca a inovação eletrônica, o Omega Constellation Perpetual Calendar equipado com o Calibre 1680 ergue-se como um monumento à engenharia de precisão absoluta. Este modelo não é apenas um relógio de vestir; é uma afirmação de pragmatismo luxuoso, destinado ao colecionador que valoriza a funcionalidade 'set-and-forget' sem sacrificar a elegância estética. Posicionado no segmento de 'High-Accuracy Quartz' (HAQ), o Constellation 1680 transcende a categoria comum de relógios a bateria, oferecendo uma tecnologia termocompensada capaz de desafiar os cronômetros mecânicos mais caros do mundo. O seu design, profundamente enraizado na estética 'Manhattan' de 1982, com as icônicas 'griffes' (garras) laterais e a pulseira integrada, fala diretamente a um público sofisticado — de executivos a entusiastas de tecnologia horológica — que busca um companheiro de pulso que exija zero interação para manter a data correta, independentemente de anos bissextos. É uma peça que representa o ápice da Omega na era pós-crise do quartzo, provando que o luxo e o quartzo podem coexistir em perfeita harmonia.

HISTÓRIA

A linhagem do Omega Constellation é, sem dúvida, uma das mais nobres da relojoaria suíça, tendo sido introduzida originalmente em 1952 como o porta-estandarte da precisão cronométrica da marca. No entanto, o modelo Perpetual Calendar com o Calibre 1680 pertence a um capítulo fascinante e específico: a reinvenção do luxo na era do quartzo maduro. Para compreender este modelo, é imperativo olhar para 1982, ano em que a Omega lançou o 'Constellation Manhattan'. Desenhado por Carol Didisheim, o modelo introduziu as quatro 'griffes' (garras) características que pressionavam o cristal contra a caixa para garantir a impermeabilidade. Este design tornou-se a assinatura visual da coleção. Na década de 1990 e início dos anos 2000, a Omega procurou elevar o status dos seus modelos de quartzo. Enquanto o mundo redescobria a relojoaria mecânica, havia um nicho de colecionadores que exigia a conveniência eletrônica, mas com acabamentos de 'haute horlogerie'. Foi neste contexto que o Calibre 1680 foi introduzido. Baseado na arquitetura ETA Thermoline, este movimento não era um quartzo comum. Ele possuía um oscilador termocompensado, capaz de medir a temperatura ambiente e ajustar a frequência do cristal para anular as variações que normalmente causam imprecisão. O resultado foi um relógio com desvio de apenas alguns segundos por ano, muito superior aos 15 segundos por mês de um quartzo padrão. O Constellation Perpetual Calendar representou a fusão dessa tecnologia invisível com a evolução do design 'Manhattan' (conhecido como Constellation '95 e posteriormente a linha Double Eagle em 2003). Visualmente, o relógio manteve a elegância discreta: o bisel com algarismos romanos (ou no mostrador), as garras polidas suavizadas e a pulseira incrivelmente confortável. A grande revolução estava na 'memória' do relógio. Ao contrário de um calendário simples, o Calibre 1680 'sabia' a duração de cada mês e a ocorrência de anos bissextos, eliminando a necessidade de ajuste manual da data até o dia 1 de março de 2100. Para o colecionador moderno, este modelo é um 'sleeper'. Ele marca um período em que a Omega investiu pesadamente para provar que a tecnologia de quartzo poderia ser sinônimo de prestígio. Ele é o elo perdido entre a tradição de observatório da Omega (representada pelo medalhão no fundo da caixa) e a modernidade eletrônica, servindo como um testemunho de uma era onde a precisão absoluta era a complicação final.

CURIOSIDADES

O Calibre 1680 é tão inteligente que, se o relógio for guardado e a bateria acabar, ele possui uma função de memória que facilita a reprogramação do calendário perpétuo uma vez que a energia é restaurada, embora o processo de configuração manual seja notoriamente complexo e muitas vezes exija o manual do proprietário. Uma das características mais curiosas deste movimento é o movimento do ponteiro dos segundos: em alguns modos de ajuste ou quando a bateria está fraca (indicador EOL - End of Life), ele salta em intervalos de 4 ou 5 segundos para alertar o usuário. O modelo foi amplamente promovido durante a parceria da Omega com a supermodelo Cindy Crawford, que ajudou a cimentar o design do Constellation '95 como um ícone de moda e luxo, e não apenas uma ferramenta de tempo. Embora seja um relógio de quartzo, o acabamento do movimento (mesmo escondido sob um fundo sólido) apresenta perlage e banho de ródio, um detalhe que a maioria das marcas negligencia em calibres a bateria. O medalhão no fundo da caixa retrata o Observatório de Genebra sob um céu com oito estrelas, simbolizando os oito recordes de precisão que a Omega conquistou no século XX; uma ironia poética, visto que o Calibre 1680 é, de fato, mais preciso do que qualquer um daqueles relógios mecânicos de competição. No mercado de colecionadores, as versões 'Double Eagle' com o Calibre 1680 são frequentemente apelidadas de 'super-quartz' devido à robustez da caixa combinada com a delicadeza do movimento termocompensado.

Você pode gostar

Ver Mais

Marcas